Guardo em uma gaveta
Notas e canções
Desenhos de corações
Que fiz enquanto vivo
Sou tudo que jogo no papel
As linhas, tortas e certas
As arestas sem ponta
Os desvios que levam ao destino
Vago nos becos molhados
Madrugadas claras de lua
A fome ao sono se mistura
Tudo vem me dizer que a noite existe
Apaixonado por janelas
Abro todas para ver
Os muros pichados de rebeldia
As agonias, as agonias
Deixo o caderno próximo do meu sentido
Navego sempre sem âncora, marujo fugitivo
Quero o que não posso e carrego a satisfação
Sou o que devo ser na hora que a vida diz amém
2 comentários:
Cara! não é fácil ser poeta, de onde que sai tudo isso?
As agonias por vezes são pesadelos.
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