domingo, 31 de agosto de 2014

As agonias

Guardo em uma gaveta
Notas e canções
Desenhos de corações
Que fiz enquanto vivo

Sou tudo que jogo no papel
As linhas, tortas e certas
As arestas sem ponta
Os desvios que levam ao destino

Vago nos becos molhados
Madrugadas claras de lua
A fome ao sono se mistura
Tudo vem me dizer que a noite existe

Apaixonado por janelas
Abro todas para ver
Os muros pichados de rebeldia
As agonias, as agonias

Deixo o caderno próximo do meu sentido
Navego sempre sem âncora, marujo fugitivo
Quero o que não posso e carrego a satisfação
Sou o que devo ser na hora que a vida diz amém


2 comentários:

Wil Blender disse...

Cara! não é fácil ser poeta, de onde que sai tudo isso?

DE-PROPOSITO disse...

As agonias por vezes são pesadelos.